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9/10/2011 - Arquitetura
Arquiteto e paisagista alemão cria oásis no deserto
Na pracinha do bairro onde mora há alguns meses, na zona oeste de São Paulo, o arquiteto e paisagista alemão Úl Rrich Zens comenta com propriedade as soluções para a metrópole, que cresceu desordenadamente.Entrevista com Ully- arquiteto e paisagista :
"Melhorar as condições higiênicos, as áreas de risco, você precisa fazer.Mas em geral essas áreas tem potencial para melhorar. A gente pode fazer corredores verdes e parques lineares, esses seriam uma das soluções."
O entusiasmo pelas possibilidades de São Paulo e o esforço para dominar a língua portuguesa são fruto de um sonho antigo, realizado depois de muitas voltas pelo mundo. Ully como é conhecido, nasceu , cresceu e se formou na Alemanha. Desde 1985, desenvolve projetos de urbanismo na Arábia Saudita. Mas foi durante um Congresso no Canadá que encontrou o grande responsável pela vinda dele ao Brasil. o paisagista Roberto Burle Marx :
Entrevista com Ulrich Zens - arquiteto e paisagista:
"Essa época , era o mais conhecido arquiteto paisagista do mundo. Eu passei um dia com ele, eu falei. Eu decidi para visitar o Brasil um dia. Foi o ano 1982."
Doze anos depois, Ully desembarcava no brasil para participar de um seminário na universidade de São Paulo. Durante o tempo livre, ao invés de ir para o Rio de Janeiro procurar Burle Marx, decidiu conhecer o litoral norte paulista.Foi o seu primeiro encontro com a Mata Atlântica. Deslumbrado não conseguiu deixar de comparar com o cenário desértico da Arábia Saudita, onde trabalha.
A exuberância da Mata Atlântica inspirou o arquiteto em seus projetos para deixar a capital saudita riad menos inóspita.Ully já participou de pelo menos quinze projetos. Ajudou a plantar mais de dez mil árvores , implantar seis parques públicos e jardins particulares. Desafiado pelo solo desértico, pobre e a falta de água ele recorreu às técnicas sustentáveis.
Entrevista com Ulrich Zens - arquiteto e paisagista:
"Agua foi muito importante, pode ser um pouco de água de chuva, pode ser água de tratamento e também chegar a plantas que não´precisam muita água "
Ully explica que os projetos para deixar a cidade mais verde,contemplam espécies nativas, adaptadas a alta temperatura, como as tamareiras, que são uma espécie de palmeira, e acácias, árvores de copas grandes que podem ser vistas entre as casas.Mesmo assim a busca por água requer pesquisa constante. O paisagista aprendeu a usar plantas típicas de áreas alagadas para tratar o esgoto e reutilizar a água para irrigação dos parques.
Mais informações:
www.planetariasol.com.br
Autor:
Editora-chefe:Vera Diegoli. Reportagem: Márcia Bongiovanni. Imagens:Alexandre Bissoli.Auxiliar de Câmera:Erinaldo Clemente. Edição de Texto:Mariene Pádua. Pauta:Marici Arruda. Produtor:Maurício Lima. Edição de Imagens: João Kralik.
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