terça-feira, 18 de outubro de 2011

Arquiteto e paisagista alemão cria oásis no deserto

Matéria

9/10/2011 - Arquitetura

Arquiteto e paisagista alemão cria oásis no deserto



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Na pracinha do bairro onde mora há alguns meses, na zona oeste de São Paulo, o arquiteto e paisagista alemão Úl Rrich Zens comenta com propriedade as soluções para a metrópole, que cresceu desordenadamente.
Entrevista com Ully- arquiteto e paisagista :
"Melhorar as condições higiênicos, as áreas de risco, você precisa fazer.Mas em geral essas áreas tem potencial para melhorar. A gente pode fazer corredores verdes e parques lineares, esses seriam uma das soluções."
O entusiasmo pelas possibilidades de São Paulo e o esforço para dominar a língua portuguesa são fruto de um sonho antigo, realizado depois de muitas voltas pelo mundo. Ully como é conhecido, nasceu , cresceu e se formou na Alemanha. Desde 1985, desenvolve projetos de urbanismo na Arábia Saudita. Mas foi durante um Congresso no Canadá que encontrou o grande responsável pela vinda dele ao Brasil. o paisagista Roberto Burle Marx :
Entrevista com Ulrich Zens - arquiteto e paisagista:
"Essa época , era o mais conhecido arquiteto paisagista do mundo. Eu passei um dia com ele, eu falei. Eu decidi para visitar o Brasil um dia. Foi o ano 1982."
Doze anos depois, Ully desembarcava no brasil para participar de um seminário na universidade de São Paulo. Durante o tempo livre, ao invés de ir para o Rio de Janeiro procurar Burle Marx, decidiu conhecer o litoral norte paulista.Foi o seu primeiro encontro com a Mata Atlântica. Deslumbrado não conseguiu deixar de comparar com o cenário desértico da Arábia Saudita, onde trabalha.
A exuberância da Mata Atlântica inspirou o arquiteto em seus projetos para deixar a capital saudita riad menos inóspita.Ully já participou de pelo menos quinze projetos. Ajudou a plantar mais de dez mil árvores , implantar seis parques públicos e jardins particulares. Desafiado pelo solo desértico, pobre e a falta de água ele recorreu às técnicas sustentáveis.
Entrevista com Ulrich Zens - arquiteto e paisagista:
"Agua foi muito importante, pode ser um pouco de água de chuva, pode ser água de tratamento e também chegar a plantas que não´precisam muita água "
Ully explica que os projetos para deixar a cidade mais verde,contemplam espécies nativas, adaptadas a alta temperatura, como as tamareiras, que são uma espécie de palmeira, e acácias, árvores de copas grandes que podem ser vistas entre as casas.Mesmo assim a busca por água requer pesquisa constante. O paisagista aprendeu a usar plantas típicas de áreas alagadas para tratar o esgoto e reutilizar a água para irrigação dos parques.
Mais informações:
www.planetariasol.com.br

Autor:
Editora-chefe:Vera Diegoli. Reportagem: Márcia Bongiovanni. Imagens:Alexandre Bissoli.Auxiliar de Câmera:Erinaldo Clemente. Edição de Texto:Mariene Pádua. Pauta:Marici Arruda. Produtor:Maurício Lima. Edição de Imagens: João Kralik.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Casa Nova Vida Nova- Revista Casa de Campo

Bioconstrução Casa na Praia

Bioconstrução Casa na Praia

Bioconstrução


Dupla de arquitetos mostra como a bioconstrução vai além da preservação socioambiental e prova, ainda, como a prática é um investimento bastante lucrativo.
O projeto: Conscientizar famílias sobre o uso da biocontrução.
O propósito: Provar que não é preciso ser ativista de algum grupo ambientalista para agir em favor da natureza e que é possível erguer uma casa confortável, prática, saudável e ecologicamente correta.
Esses são os desafios da dupla de arquitetos Marcelo Todescan e Frank Siciliano, diretores da Todescan Siciliano Arquitetura. Com o intuito de conscientizar moradores de grandes metrópoles, os dois arquitetos desenvolveram um projeto utilizando a técnica japonesa “Tsuchi Kabe”, usada na construção de templos budistas, casas de luxo e edificações no estilo tradicional. “Usamos a técnica japonesa por sua tradição milenar e por ser uma solução socioambiental”, afirma Marcelo Todescan. De acordo com os arquitetos, essa é uma técnica simples e fácil de fazer, pois utiliza matérias-primas naturais, como pedras nos alicerces, paredes leves e finas, de estrutura em madeira reciclada, bambu, terra e argila. Eles explicam ainda que obras bioconstrutivas fazem bem à saúde. “Casas com paredes de barro controlam a umidade e a temperatura interna da residência é muito melhor do que a de alvenaria convencional”.
Mostrar que qualquer pessoa pode construir ou reformar adotando técnicas alicerçadas na bioconstrução não é difícil. O mais complicado talvez seja convencer o futuro morador a colocar a “mão na massa”. “Amassar barro para erguer as paredes da casa dá a verdadeira importância de fazer parte, de interagir com o meio ambiente e dar referência ao que é nosso”, ressalta Andréa Palma, proprietária de uma casa ecológica.
Segundo os arquitetos, a técnica da bioconstrução é uma forma conceitual que vai além da manifestação arquitetônica, que possibilita a elevação da auto-estima do morador e o torna ativo, já que este participa de todo o processo construtivo. “O fato de criarmos alternativas viáveis para a construção e manutenção de comunidades sustentáveis garante qualidade de vida as futuras gerações”, conta Frank Siciliano.
Segundo a dupla, as pessoas podem optar por construções inteiras ou reformas parciais. “Construir um prédio de pau-a-pique e barro é complicado, porém nada impede usar esse material natural nas paredes internas dos apartamentos”. Além disso, há outros materiais que podem substituir os convencionais, como móveis feitos de madeiras recicladas, lâmpadas mais eficientes para consumir menos, aquecedor no lugar do chuveiro elétrico, entre outros. “Em nossos projetos tudo gira em torno do consumo consciente”, afirmam.
Marcelo Todescan e Frank Siciliano explicam que o projeto bioconstrutivo não é tão caro como se pensa, já que é possível adequar a residência a projetos como captação e reuso de água, tratamento de esgoto, captação de energia solar e utilização de matérias-primas da região. “A possibilidade de integrar as necessidades de conforto e qualidade de vida a uma forma ética e sustentável de viver é a grande sacada deste segmento”, conclui os arquitetos da Todescan Siciliano Arquitetura, Marcelo Todescan e Frank Siciliano.
“Creio que valores monetários não são tão importantes. Afinal, técnicas ecologicamente corretas e que estimulam a integração social, reforçando os relacionamentos com vizinhos, amigos e familiares não tem preço. Construir nossa casa é como construir um templo, pois estamos criando um espaço sagrado no qual vamos passar grande parte de nossas vidas”, revela Enjo, monge budista responsável pela celebração do ritual “Tsuchi Kabe”.
Os arquitetos Marcelo Todescan e Frank Siciliano são os profissionais responsáveis pela nova roupagem da rede McDonald’s na América Latina, rede de Hospitais Vita, nova sede do Instituto Bacarelli e estão frente do projeto de sustentabilidade Gaia Education no Brasil, que visa multiplicar o conceito sustentável. Além dos projetos corporativos, a dupla é especialista em projetos residenciais que utilizam à técnica da bioconstrução.
Autor: Fabiana Borja
Fonte: Agência Maxpressnet

DA Getulho Vargas - Sustentabilidade e Responsabilidade

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